Jornal O globo, Cartas dos leitores, 4 de
novembro 1998 Favela
Vejo como uma esperança a noticia
de que a Secretaria do Meio Ambiente impediu a instalação de mais
uma favela em Santa Teresa. É lamentável que as autoridades não
cumpram com a sua obrigação de Implantar uma política de habitação
para a população de baixa renda, e ao mesmo tempo, impor a lei
impedindo as construções irregulares.
HILDETE VODOPIVES
(por e-mail, 28/10), Rio
Jornal O dia, Cartas na mesa,
segunda-feira, 30 de outubro
Santa Teresa está abandonada
Há anos as comunidades
carentes do Rio de Janeiro estão abandonadas, o que não é nenhuma
novidade. O Favela-Bairro, como todo planejamento social, é
necessário, fundamental e humano. Tal idéia, se aplicada com
honestidade, imparcialidade e de forma sistemática, irá modificar,
profundamente, a situação atual. Mas o que cria a denominação
pejorativa e preconceituosa das comunidades são as valas a céu
aberto, os ratos e ratazanas que infestam esses lugares, o mau odor
que surge entre as escadarias e vielas, além de outros problemas,
que merecem atenção desse projeto. O processo desrespeitoso de
abandono é que transforma o morro em um conjunto de habitações
populares desprovidas de recursos higiênicos, que se chama favela.
Crianças, idosos e moradores das favelas, em geral, são vistos como
produto dessa terrível irresponsabilidade. Assim, a comunidade de
Santa Teresa é o retrato do abandono. Do jeito que está, falta muito
pouco para o morro virar realmente favela e, quem sabe, ser incluída
no Favela-Bairro
Tânia Kátia Werneck, Santa Teresa
Jornal O globo, cartas dos leitores,
terça-feira, 29 de dezembro de 1998
Favelão
· Li
a reportagem (18/12) "Um condomínio em pé de guerra na Tijuca". Moro
perto e este condomínio é conhecido, nas proximidades, como "Favelão",
por suas algazarras. Há muitos anos que incomoda a vizinhança; são
aniversários, churrascos, esportes, como prática de capoeira etc. O
pior são os jogos de futebol, realizados por adolescentes e adultos,
sempre sob gritos e palavrões, afora a música ambiente alta etc.
Finalmente, surgiu um corajoso engenheiro que ousou enfrentar o
nosso incipiente, fraco e esburacado direito de vizinhança é que até
o nosso novo Código Civil ignorou. E isso já faz oito anos. Por toda
esta cidade, quiçá o Brasil, estes condomínios barulhentos são uma
praga infernal. Gostaria muito de saber se isto acontece nos países
de Primeiro Mundo. E, se não, por que não copiamos as suas leis? Ao
herói, Dr. Rogério Ribeiro Tacques, resta o apoio da maioria
silenciosa e ofereço-lhe o meu.
CELSO MACEDO (21/12) Rio
Jornal O globo,Cartas dos
leitores, sexta-feira, 7 de abril de 2000
. Pelo que estamos
assistindo, a situação em que se encontram algumas empresas de
ônibus cujas linhas passam por comunidades como o Morro do Borel
estarão muito em breve, pela falta de autoridade em no estado,
assumindo publicamente esta postura. Como diz o ditado, ajoelhou...
tem que rezar! E, pelo andar da carruagem, as empresas de ônibus,
toda cidade estará ajoelhada, rezando pelo catecismo da bandidagem.
Alerte-se, governador! Retroceder em situações sociais que abrem
precedentes e concessões é quase impossível.
LETICIA NERI
(por e-mail 6/4.), Rio
topo
Informações de copyright.
Última revisão: Fevereiro 6, 2007 .
|