Exercício de Cidadania
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" ou organizais a justiça pública verdadeira,
real, completa, ou legitimais a vindita particular; não tendes pois escolha, é preciso organizar a justiça pública. Mas como? Olhai para a sociedade; o que vedes? Um longo hábito de impunidade. Da impunidade resulta
a indiferença com que a população assiste impassível a perpetração de crimes os mais atrozes, ninguém quer correr o risco de perseguir o criminoso que há de ficar incólume e impune."
data: 11 de fevereiro de 1843. Autor: Nabuco.
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É CRIME QUESTIONAR E DENUNCIAR |
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TÓPICO 1
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Exercício
de Cidadania |
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Essa página
está sendo editada para combater a forma autoritária dos
governos Cesar Maia e Luiz Paulo Conde na implantação do Favela
Bairro. A Prefeitura deixa favelizar áreas nobres, ignora
invasões em áreas de Preservação Ambiental, em rios, canais,
lagoas, sítios tombados, etc, promove depois o Favela Bairro e
negocia com organismos internacionais a recuperação dessas
áreas, tudo isso pago com os impostos dos contribuintes de todas
as classes sociais. São bilhões de dólares em empréstimos, numa
cadeia interminável. Quem lucra com isso?
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A HISTÓRIA |
No Recreio dos
Bandeirantes, antigos posseiros de lotes na margem do Canal das
Taxas do loteamento Gleba Finch de 1929, imigrantes de outros
estados, entre os quais os mais espertos venderam lotes e
favelizaram o local, viram-se nivelados aos favelados que
chegaram sobretudo depois de 1990 quando o governo municipal,
após décadas de total abandono, construiu o Rio-Orla e iluminou
a principal avenida do bairro (Av. das Américas).
Com o Favela
Bairro Canal das Taxas, um aglomerado de 3 favelas nas faixas
marginais do canal de mesmo nome que liga a Lagoinha à Lagoa de
Marapendi, iniciado em dezembro de 1995, enorme número de
pessoas de todas as partes da cidade e do país chegou ao local,
atraídas pela facilidade das invasões, das construções sem
qualquer fiscalização, proximidade da praia, e sobretudo a
conivência do governo municipal e estadual. Foram
cadastradas cerca de 2.300 pessoas em 1994 e, após o Favela Bairro, o número de moradores quadriplicou sendo
atualmente mais de 10.000 pessoas .
Os moradores da
classe média, antiga no local, não foram ouvidos e os
dirigentes, que olham apenas um ângulo de determinado setor
social quando implantam o programa Favela Bairro, por interesses
eleitoreiros criaram um desequilíbrio social e uma antipatia
desnecessária, jogando as populações carentes contra seus
vizinhos, antes amigos, patrões, professores e apoio nas horas
difíceis, colocando-os como seus inimigos. É a indústria da
favelização, chefiada pelos próprios governantes. Esses mesmos
governantes que se encastelam em condomínios fechados e mansões
nos endereços mais caros da cidade. |
O CONTRASTE SOCIAL |
O contraste entre as áreas legalmente edificadas e o Favela
Bairro Canal das Taxas é chocante. Enquanto os moradores pagam
uma das mais altas taxas de impostos na cidade e não têm a
infra-estrutura e os serviços públicos condizentes, a favela,
que já era urbanizada e não pára de se expandir, está recebendo
tudo. Se tornou um oásis no bairro. E, o que é pior, a
Prefeitura não arrecada qualquer imposto.
A Secretaria Municipal de Habitação, chefiada por um arquiteto e
professor, Sr. Sérgio Ferraz Magalhães, durante o período
1993/2000, candidato derrotado a Vice-Prefeito nas
eleições do ano 2000, a Gerente do Programa Favela-Bairro, de
1993/2000, Sra. Maria Lucia Petersen, considerada a "mãe do
Favela Bairro", também arquiteta e urbanista, candidata
derrotada a Vereadora e a Secretaria de Urbanismo, chefiada
durante o governo Cesar Maia, pelo arquiteto, urbanista,
professor universitário Sr. Luiz Paulo Conde, Prefeito
durante o período 1996/2000, também candidato derrotado à
reeleição em 2000, e o então Prefeito Cesar Maia,
eleito novamente Prefeito nas eleições do ano 2000, apoiando o
então Subprefeito da Barra e Jacarepaguá _ cargo político criado pelo
prefeito Cesar Maia _ e atual Prefeito Eduardo Paes _ que negociou com grande firmas proprietárias das terras no
local, temerosas de perderem seus patrimônios _ resolveram
estender a favela até a minha rua em frente à minha residência,
a um quarteirão da Favela Canal das Taxas (ver fotos), de forma
covarde e autoritária, ignorando a Lei Orgânica do Município e
todas as leis municipais, estaduais e federais, Código Civil
brasileiro, esbulhando o lote V-7, de propriedade da Recreio
Imobiliária S.A., que se encontrava em débito com o IPTU, e aí
construíram 81 casas populares que invadem calçadas,
afastamentos frontal e laterais. |
A ESPECULAÇÃO
IMOBILIÁRIA |
Seguindo o exemplo da Prefeitura, as áreas lindeiras à favela
estão sendo edificadas ilegalmente por especuladores e
grileiros, entre eles policiais e políticos, que anunciam os
imóveis para venda, sem qualquer documento e sem serem
molestados, nos grandes jornais de circulação, sob as vistas das
diversas secretarias municipais e de seus fiscais. São
loteamentos clandestinos, que não seguem a legislação do local,
desvalorizando nossos imóveis e destruindo nossa qualidade de
vida. Para os governantes, as áreas lindeiras e próximas às
favelas são também consideradas áreas favelizadas, mesmo que não
edificadas, onde tudo é permitido. A Receita Federal não toma
conhecimento.
Comerciantes, sobretudo da classe média e alta, vindos dos
locais mais caros do Recreio e de outros bairros abrem todo tipo
de comércio, lucram enormemente, concorrem com o pequeno
comércio do bairro, sem pagarem qualquer imposto. Lá, tudo é
permitido. Não há qualquer lei urbana que seja seguida nem
qualquer preocupação com os moradores do entorno. A polícia
militar, então sediada num batalhão junto à favela, a polícia civil e
a guarda municipal se omitem quanto ao não cumprimento da
legislação urbana, código de posturas, código de trânsito e
código penal e a criminalidade aumentou com a chegada de enorme
número de pessoas ao local. Veio a milícia, tão falada
atualmente na cidade.
Em novembro de 1996, ao término das eleições para Prefeito e
Vereadores, e um ano após o início das obras do Favela Bairro
Canal das Taxas/Vila da Amizade, apesar estar então sendo
questionado pelos moradores da classe média, a
Câmara dos Vereadores aprovou a Lei 2.499 que declarou a Favela
Área de Especial Interesse Social, afrontando a Constituição
Municipal (Lei Orgânica) e Estadual e diversas leis
estaduais e federais, sendo demarcada a área da então
favela, incluindo, inclusive, bem tombado - parte do Morro
do Rangel.
No final de 1999, quatro anos depois de denunciado pelas
Associações de Bairro (jan/96) e
após o término da construção, com os favelados já transferidos
para o local, a Equipe do Meio Ambiente do Ministério Público,
ajuizou uma Ação Civil Pública, que se arrasta na Vara
de Fazenda Pública, sem qualquer julgamento em 1ª instância, contra o Município
e a proprietária Cia. Litorânea de Imóveis S.A., pelo esbulho e
pela construção das casas populares no lote V-7. Poucos meses
antes a mesma Cia. Litorânea de Imóveis S.A., que aceitou em
acordo verbal o esbulho, entrou com uma ação de indenização, já
tendo ganho em duas instâncias.
Nem assim cessaram os atos autoritários dos governantes.
No dia 07/07/2000, às vésperas de nova eleição para Prefeito e
Vereadores, a Câmara dos Vereadores, demonstrando o pouco caso
na aplicação do dinheiro público e com os moradores da classe
média, aprovou a Lei 3.051, também inconstitucional, que
aumenta a área da Favela Canal das Taxas/Vila da Amizade,
incluindo o lote V-7, apesar da Ação Civil Pública em
curso no Poder Judiciário, o lote V-4, pertencente à Recreio
Imobiliária S.A. (Cia. Litorânea de Imóveis S.A.), e em débito
com o IPTU, e também esbulhado pelo Município onde
construiu creche e quadras de esportes _ embora possua 3 áreas
de escola e uma de hospital no mesmo loteamento, mais afastadas
da favela _ e áreas lindeiras e non-aedificandi, invadidas por
particulares, onde proliferam construções ilegais,
tais como supermercado, lojas, quartos, quitinetes, muitas após
a lei 2.499, transformando o local num grande favelão. |
A DETURPAÇÃO E A
MANIPULAÇÃO DOS FATOS |
Os jornais, que abrem farto espaço para os artigos dos
governantes e quase nenhum para a população, pouco falam do
problema criado pela Prefeitura e os meus antigos vizinhos estão
indo embora, vendendo por qualquer preço seus imóveis. Os que
ficaram se calam, temerosos de represálias.
Uma poderosa Rede de Telecomunicações apóia acintosamente o
projeto, pois seus proprietários, donos de uma construtora,
adquiriram em 1993 uma extensa área próxima ao local e,
beneficiados pela permuta da Prainha, onde acordaram com a Prefeitura a urbanização
da área adquirida, lançaram em 2009 um
grande empreendimento imobiliário. Assustada, está denunciando a favelização de uma das mais bonitas vias do
Recreio - Av. Gilka Machado - já que mais de 30% da área
adquirida foi invadida durante a implantação do
Favela Bairro.
É a mídia do país, manipulada por um pequeno grupo, que apoiando
grupos econômicos fortíssimos tentam impor o modelo “criado” de
moradia na cidade, cujo único objetivo é o lucro. Qualquer
cidadão que questionar o sistema estabelecido é um inimigo em
potencial. Minhas declarações são deturpadas por essa mesma
mídia buscando menosprezar minhas denúncias e minha pessoa.
O então Prefeito Cesar Maia adquiriu da mesma construtora e na
mesma época um apartamento na Praia de São Conrado, um do
endereços mais caros da cidade, em área de proteção ambiental,
embargado e depois aprovado durante sua gestão, e o ex-prefeito
Luiz Paulo Conde aumentou enormemente o faturamento de seu
escritório de arquitetura, fazendo projetos inclusive para a
mesma empresa, como foi denunciado por eles mesmos durante
um debate televisivo nas eleições do ano 2000 quando eram
ambos candidatos a Prefeito.
O Ministério Público jamais apurou essas denúncias feitas
publicamente.
Em 2003, dez anos após iniciar sua carreira política, atual
Prefeito Eduardo Paes inaugurou uma mansão num dos mais caros
condomínios da Barra da Tijuca, construída nos nomes de seus
pais. Enquanto isso, meu imóvel, desvalorizado pelo
projeto Favela Bairro, passou a valer menos da metade do preço,
não sendo suficiente para comprar outra casa a duas quadras
dali, enquanto no resto do bairro a valorização disparou.
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) retirou essa
favela do financiamento concedido ao programa Favela Bairro,
pelas inúmeras irregularidades encontradas. Entretanto a
Prefeitura possui R$ 120.000.000,00 de verba pública para
poder aplicar no programa. Já foram gastos mais de R$
10.000.000,00 no projeto Canal das Taxas, ainda inacabado, e a
atual administração Cesar Maia assim como a anterior, Luiz Paulo
Conde, continua insistindo na implantação do Projeto, apesar das
ações judiciais, sem ouvir os moradores. |
A LUTA SOLITÁRIA |
Desde dezembro de 1995 tenho lutado, praticamente sozinha,
apoiada por Associações do Bairro e vários moradores. Perdi meu
único patrimônio, minha casa, feita ao longo de 11 anos,
iniciada em 1984 e terminada em 1995. Fiquei doente e
estressada, sendo obrigada em 1998 a recorrer à Justiça,
solicitando indenização, já que apesar das inúmeras denúncias da
ilegalidade do projeto (ver Pareceres) encaminhadas aos
Ministérios Públicos Estadual e Federal e aos vários órgãos da
Prefeitura e do Estado, nada foi feito. Após 11 anos ganhei em
todas as instâncias, e a dívida está sendo executada, mas a Prefeitura
pagará em precatório, e levará anos para eu receber. (ver ações
judiciais)
Em maio de 2001, após 5 anos da implantação do projeto e morando
há 15 anos no local, abandonei minha residência, depredada por
moradores das casas populares, ofendida, ameaçada e agredida
pelos invasores, conforme filme que se encontra na homepage.
Deixei meus animais de estimação e meus pertences com meu
funcionário Silvio Moreira, e fui para um bairro próximo.
Os governantes e burocratas da Prefeitura se aproveitam da
lentidão da Justiça (os processos de indenização contra órgãos
públicos se arrastam por mais de 10 anos) e da omissão dos
Ministérios Públicos, pois sabem que não serão punidos em suas
gestões. Outro governo pagará _ se é que pagará _ as
indenizações anos mais tarde. Resultado: os cidadãos desistem,
desacreditados na Justiça Brasileira.
Resolvi lutar.
Não sei se valerá a pena. Mas espero que sirva para alertar a
população do Rio de Janeiro já tão amedrontada com a violência
na cidade, agora violentada na sua cidadania. |
Maria Lucia
Massot |
ENTRE |
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TÓPICO 2
Exercise
of Citizenship
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I created
these web pages to denunciate the arbitrary and
authoritarian manner in which the "Favela Bairro" program
is operated by the municipal government under Cesar Maia
and Luiz PauloConde administrations. The City hall does
nothing to control or to stop the slums from taking over
parks, rivers, channels, lagoons, "preserved sites", and
everywhere building is forbidden. Then, it attempts to fix
the problem it has created by borrowing from International
Organisms to promotes later the "Favela Bairro" to
urbanize the slums in these places. Everything is paid
with the taxes of the legalized buildings. |
The result
in Rio is the explosion of slums, destruction of the
environment, increased taxes for the middle class, and
staggering debt for the city. They are billions of dollar
in uncounted loans. Who profits from this? |
In the
Recreio dos Bandeirantes (an expensive neighborhood in
Rio) the contrast between the built areas and the "Favela
Bairro Canal das Taxas" is shocking. While its inhabitants
pay one of the highest taxes in the city and they do not
have the expected infrastructure and public services, the
Favela, that was already urbanized, is receiving
everything. It became an
oasis in the quarter. And, what it
is worse, the City hall does not collect any tax. |
In 1994,
2.737 inhabitants lived in the slums called now Favela
Canal das Taxas and they are more than 7.000 nowdays,
after the Favela Bairro. |
The Housing
Secretary, headed by Mr. Sergio Ferraz Magalhães, an
architect, vice-mayor candidate in the year 2000 elections,
the Favela-Bairro Program, whose Manager is Mrs. Maria
Lúcia Petersen, considered the "Favela-Bairro's mother",
also candidate (vereador) in the year 2000 elections, an
architect and city planner, and other City hall's
agencies, whose mayor now is also an architect, a city
planner, an academic, and a former Secretary of
Urbanization in the Cesar Maia administration , Mr. Luiz
Paulo Conde, candidate for re-election as Mayor, in the
year 2000 elections, and the Mayor then, Cesar Maia, mayor
candidate too in the year 2000 elections, decided to
extend to the street in front of my house which is located
one block from the actual slum, Favela Canal das Taxas (see
pictures), the area considered to be a slum, in reality an
invasion of private proprieties. |
Following
the example of City Hall, the areas next to the slum are
being built upon illegally, in full view of the agencies
of the municipal government and their fiscal branches.
These are the "clandestine parcels" where open areas are
divided into lots and buildings completely outside any
legislation. By definition, City Hall regards any area,
even the unbuilt ones, near a slum to be considered "favelizadas"
(belonging to the slum) and permits all sorts of illegal
constructions. |
Since
december 1995 I have fought, practically alone, supported
for some Associations of the Quarter. I lost my only
patrimony, my house, made throughout 11 years, initiated
in 1984 and finished in 1995. I became sick and stressed,
being obliged to appeal to Justice, requesting indemnity,
since despite the innumerable denunciations directed to
the Public State and Federal Ministries, and to the
several agencies of the City hall, nothing was made. The
periodicals little speak of the problem created by the
City hall and my neighbors are going away, selling for any
price their properties. |
The
governors and bureaucrats at City Hall take advantage of
the slowness of the Courts (damage compensation lawsuits
against public entities can take more than 10 years) and
the omission of the Ministry Public Service's employees,
for they know that they won't be punished during their
administrations. Someone else will pay the compensations
ten or more years later. The result: the citizens give up,
discredited in the Brazilian Justice. |
I decided to
fight. |
I do not
know if it will change anything. But I hope that it will
alert the population of Rio de Janeiro already so
frightened with the violence in the city, and now their
rights as citizens been violated by the government. |
Maria
Lucia Massot |
ENTER |
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Vers l´haut
TÓPICO 3
Exercice
de Citoyenneté
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Cette page est
éditée pour dénnoncer la forme autoritaire des gouvernements
Cesar Maia et Conde, (actuel et ex-maire) dans
l'implantation du " Favela Bairro ". La Mairie permet les
"favelas" (quartiers "supposés" pauvres), ne fait rien
contre les invasions dans régions de "Conservation
Ambiantale", de frontières de rivières, canaux, lagunes, où
il est interdit d'édifier, les emplacements protegés par des
lois spéciales, etc, encourage plus tard le " Favela
Bairro", et négocie avec les Organismes Internationaux la
récuperation de ces régions, "légalize" ces invasions avec
l'urbanization , tout payé avec les impôts des
contributaires. Ils sont billions de dollar d'emprunts, une
ficelle interminable. Qui en tire profit ? |
Dans le
Recreio dos Bandeirantes (un des plus chers quartiers à Rio)
le contraste entre les régions édifiées et le "Favela Bairro
Canal das Taxas " est immense. Ses habitants paient un des
plus hauts impôts dans la ville et ils n'ont pas
l'infrastructure attendue ni les services publics, mais le
Favela qui était déjà urbanisé, reçoit tout. Il est devenu
un
oasis dans le quartier
et il est exploité par la classe moyenne, avec un grand
commerce varié, et la vente de imeubles. Et, le pire, la
Mairie ne reçoit aucun impôt. |
En 1994, 2.737
personnes vivaient dans le favela Canal das Taxas et ils
sont plus de 8.000 maitenant aprés le Favela Bairro. |
Le Secrétaire
du Logement, M. Sergio Ferraz Magalhães,
architecte, candidat à vice-maire dans les elections
de l'année 2000, le Directeur du Programme
Favela-Bairro, Mme Maria Lúcia Petersen,
considérée la "mère du Favela-Bairro ",
architecte et urbaniste, aussi candidate à "vereadora"
et le Sécretaire d'Urbanisme dans l'administration
Cesar Maia, actuel maire M. Luiz Paulo Conde et
candidat à la réelection aux elections de l'année 2000,
architecte et urbaniste aussi, professeur de
l'Université d'Architecture, ont décidé d'étendre le Favela
Canal das Taxas à la rue où j'ai ma maison,
située à un bloc du quartier pauvre. (voyez les photos)
. |
Depuis le
décembre de 1995 je lutte, pratiquement seule, appuyée par
les Associations du quartier. J'ai perdu mon unique
propriété, ma maison, édifiée pendant onze ans, initiée en
1984 et finie en 1995. Je suis devenu malade et estressée,
obligée de recourrir à la Justice en demandant une
indenization, car, en dépit des innombrables dénonces
dirigées aux Ministères Publiques de l'État et Fédéral, et
aux départments de la Mairie, rien a été fait. Les journaux
parlent peu du problème créé par le gouvernement, mes
voisins s'en fuient, et ont vendu par quelque prix leur
propriétés. |
Les
gouverneurs et les bureaucrates de la Mairie s'en profitent
de la lenteur de la Justice (les procès de compensation
contre le gouvernment peuvent prendre plus de 10 années) et
de l'omission des employés des Ministères Publiques, car ils
savent qu'ils ne seront pas punis pendant leurs
administrations. Quelqu'un d'autre paiera les compensations
plus de dix années plus tard. Le résultat: les citoyens ne
font rien, discrédités de la Justice brésilienne. |
J'ai décidé de
luter. |
Je ne sais pas
s'il changera quelque chose. Mais j'espère qu'il serve pour
alerter la population de Rio de Janeiro déjà effrayée avec
la violence dans la ville, et maintenant violentée dans sa
citoyenneté. |
Maria
Lucia Massot |
ENTREZ |
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