Fotos do Favela Bairro na minha rua

 logotipo de: Reinaldo Pinto

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Vistas do Projeto Favela Bairro em frente a minha casa
Views of the Favela Bairro Project in front of my home
Vues du projet Favela Bairro devant ma maison


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vista do conjunto habitacional entre as nossas casas e a favela (já são 81 casas, "doadas" inclusive a moradores que não foram removidos).

Estas fotos mostram a construção de casas populares dadas gratuitamente a moradores da Favela Canal das Taxas removidos da margem oposta, quando da implantação do Projeto Favela Bairro, que desviou o curso do canal, (o canal original foi aterrado pelos favelados), para beneficiar a Favela. A minha casa situada a um quarteirão da favela e numa rua sem saída passou a fazer parte da favela, apesar do IPTU de 1.071,00 UFIR. As casas populares invadem a calçada (projetada e aprovada com 3 m) que foi reduzida para 1.5 m, invadem afastamentos frontal e laterais, foram construídas sem licença, num lote particular - esbulho (Cia. Recreio Imobiliária S.A.), sem desapropriação e pagamento prévios (obrigatório pelo art. 182 da Constituição Federal) e a rua, projetada sem saída, com caixa de rolamento de cerca de 5m, foi ligada a outra também sem saída para beneficiar o conjunto habitacional. Além de se encontrar em Área de Preservação Ambiental, a favela está poluindo o Canal das Taxas que alimenta a Lagoinha, ligada à Lagoa de Marapendi, na Barra da Tijuca e já invadiu o Morro do Rangel, tombado.

O BID não aceitou financiar o Projeto Favela Bairro na Favela Canal das Taxas, devido às inúmeras irregularidades, que está sendo feito com  verba municipal. As 76 casas (que atualmente já somam 81) que se destinariam aos moradores da favela II, iniciada em 1985 - uma das favelas que constituem a atual Favela Canal das Taxas - e aos 10 invasores da Rua 6W, custaram aos cofres públicos mais de R$ 1.150.000,00, somente a construção e foram entregues inacabadas, sem título de propriedade. O terreno com cerca de 7.500 m2 foi avaliado pela Secretaria Municipal de Fazenda em 1994 por R$300.000,00 e incluído (assim como os lotes V-6, M-39 e M-38) na permuta da Prainha. Na época se adquiria por esse valor uma área de 40.000 m2 na sub-zona A-27, destinada à população de baixa renda.

As casas já estão sendo vendidas por cerca de R$ 20.000,00 (toda "documentação de transferência" é feita dentro da Associação dos Moradores do Terreirão com pleno conhecimento da Secretaria de Habitação), apesar do comprometimento com a Prefeitura de não poderem "vendê-las", e os novos "proprietários" que não as habitam, estão dividindo em apartamentos, sendo que o aluguel do apartamento térreo é de R$ 300,00 e do segundo andar R$ 250,00. Tudo isso com "gato" de água, luz, iluminação à mercúrio na rua, estação de tratamento de esgoto, a 500 metros da praia do Recreio, sem qualquer imposto.

Apesar de toda irregularidade do Projeto nenhum dos Órgãos ou autoridades a quem denunciamos tomou qualquer providência ...

foto fev/84

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situação do meu lote em relação à favela quando adquiri em maio/1984. O número de moradores não chegava a 500 numa extensão de mais de 1 km. Foram cadastradas cerca de 2.350 pessoas em 1994. Hoje, após o Favela Bairro já passam de 6.000.

foto 1998

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vista aérea das casas populares em frente à minha casa. Os moradores já estão ampliando as casas, são construções ilegais, a Prefeitura sabe mas nada faz. Em minha casa fui multada em 1987 por haver construído um canil sem licença. Fui obrigada a apresentar plantas, licenciar-me e pago IPTU com o canil incluído. Os "carentes"não sofrem qualquer penalidade. Alguns moradores já estão colocando piscina. As casas foram dadas gratuitamente aos "carentes"que são assim considerados pelo Poder Público porque invadiram áreas "non-aedificandi" e áreas públicas (ruas, avenidas, canal, etc), construindo sem qualquer legislação. Tudo isso é feito com os impostos arrecadados dos contribuintes que construiram legalmente, de todas as classes sociais.

foto/98 foto/fev/99
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fotos tirada set/99                                                         clique na foto

entrada de minha rua com uma vidraçaria ilegal, construida sem licença, não possui alvará e a obra está embargada a meu pedido. A Prefeitura finge que não vê. A carpintaria que funcionava no local inclusive sábados e domingos até altas horas utilizando serra elétrica (denunciei à 7a Cia da Polícia Militar, situada a cerca de 300 m, que nada fez - art. 42 - poluição sonora - da Lei das Contravenções Penais), foi multada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente após a medição dos decibéis, a meu pedido, em início de 99, mas o prédio não foi demolido. O proprietário do lote, Carmindo da Conceição Santos, que mora numa mansão fora da favela ( Rua Paulo Alonso) e está favelizando o local desde 1992, tornou a alugar em meados de set/99 para uma vidraçaria que acintosamente escreveu o endereço ilegal - Rua Leon Eliachar 30, número inventado, sob a conivência da Secretaria Municipal de Habitação, de Urbanismo e da Procuradoria Geral do Município, que nada fazem. O "comerciante" que aluga o local não mostra qualquer receio em ser penalizado, funcionando com as portas escancaradas. Reparem a calçada feita parcialmente para beneficiar a favela.

 
  fotos/94  - calçada em frente a minha casa e terreno do vizinho

foto/96    foto/98 
                                                                                                                                   

foto/98 foto10.jpg (16678 bytes)    fev/99                                    clique na foto                                                                   

set/99    nov/99                                             clique na foto                                                                           

  dez/99

 
agosto/00

 
foto jan/2001                                                                   foto fev/2001

na seqüência acima pode-se ver a degradação da rua e da qualidade de vida dos moradores classe média desde 1994 anos. A foto de janeiro/2001  mostra o inquilino da birosca lavando a rua e a de fevereiro/2001, a oficina no meio da rua.

Uma birosca autorizada pela Secretaria de Habitação, que também não possui licença nem alvará, resolveu ampliar seus negócios e invadiu nossa calçada com mesas e cadeiras fornecendo almoço . A "loja" foi "doada" pela Prefeitura ao morador da casa 1 que a alugou para um novo "comerciante" que já possui uma padaria dentro da favela . Os carros são do morador da casa 2 que montou na rua uma oficina de lanternagem, e invade os terrenos em frente com os carros. (Proibido pelo Código de Posturas do Município). Sua companheira pendura roupas na cerca de arame farpado nos terrenos ao lado de nossas casas. O entulho e lixo é atirado nos terrenos baldios. A rua se transformou numa típica rua de favela. Já denunciei à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, à Secretaria Municipal de Fazenda, à Secretaria Municipal de Urbanismo, à Secretaria Municipal de Habitação, à Subprefeitura, ao então Subprefeito Eduardo Paes, ao seu sucessor Luis Antonio Guaraná, ao ex-Subprefeito Rodrigo Bethlem, ao ex-Administrador Regional Wilson Júnior, à Procuradoria do Município e ao Ministério Público Estadual. Nenhuma providência. A rua é exclusivamente unifamiliar. O ex-Secretário Municipal da Habitação, Sr. Sergio Magalhães, arquiteto, candidato derrotado a vice-prefeito nas eleições de 2.000, declarou ao Jornal O Globo que o Favela Bairro valorizou a minha casa

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